O nosso Nataiiii!

Comecei cedo a “treinar” a Margarida no Feliz Natal mas o melhor que consegui que ela dissesse foi um animado e muito sonoro: “Nataiiiiiii”! E apesar de não ter sido um Natal com todas as “letras” foi um Nataiii muito quentinho e em família que de ano para ano cresce mais um bocadinho tornando esta data ainda mais especial. Os mais pequenos estiveram sempre muito animados e entretidos nas suas atividades natalícias: tirarem os brinquedos uns aos outros, tentarem engolir o microfone do karaoke, comer as migalhas do chão… enfim crianças felizes e cheias de energia como se quer! Adoraram também o comboio que este ano passeava debaixo da nossa árvore e não descansaram enquanto não conseguiram arrancar as carruagens em movimento! Até a Margarida que nunca ligou nenhuma ao pobre comboio, no Natal esteve sempre de vigia não fossem os primos quererem muito levá-lo dali. Acho que o que correu menos bem foi a chegada do pai natal, confesso que não preparamos bem a coisa e distribuímos os presentinhos pelos mais novos sem grandes histórias. Para o ano temos de ser mais criativos! Os pequenos mais uma vez adoraram os embrulhos e lacinhos mas o que gostaram mesmo foi das prendas uns dos outros e não propriamente das suas. O que foi causando mini conflitos territoriais natalícios resolvidos com um pijama quentinho, caminha e umas boas horas de sono. No dia seguinte com tantos brinquedos novos a Margarida já tinha os seu preferidos e os eleitos foram nada mais, nada menos que: a gaveta da sala e o adorável mundo de coisinhas parvas e sem graça que moram lá dentro (revistas velhas, bases para copos e o rolo tira pelos do sofá,…). Os miúdos são extraordinários!

Fomos ao circo

Levámos a miudinha ao circo, não sabíamos muito bem se ia gostar se ia ver alguma coisa ou se nos tínhamos que vir embora a meio. Pensámos que se tivesse animais ela devia aguentar-se e arriscámos. E assim foi 9:30 da manha de um domingo bem fresquinho de Dezembro lá estávamos nós para a primeira ida ao circo da miudinha! O primo também foi e estiveram sempre muito animados a brincar um com o outro, do circo não viram grande coisa mas aguentaram-se bem entre brincadeiras, corridas e bolachas partilhadas. Houve alguma curiosidade com os palhaços, muito abanar de anca nos momentos musicais, no espetáculo dos cães estiveram mais ou menos atentos e até bateram algumas palminhas mas os malabaristas e acrobatas não receberam grande atenção. Desta primeira ida ao circo não sei se vão ter grandes recordações, mas adoraram a viagem de metro e brincar um com o outro!

Missão árvore de natal concluída

Este ano optámos por envolver a miudinha em todo o processo de decoração, afinal já está crescidinha e era capaz de achar piada. E lá fomos os três à arrecadação buscar a tralha natalícia, miudinha responsável pelo transporte do pai natal, papás responsáveis por tudo o resto. E lá fomos numa animação. Chegados a casa fomos “desempacotar” o pai natal na esperança de arrancar o primeiro sorriso de entusiasmo à miudinha, mas ao contrário miudinha olhou para o boneco com ar assustado e muito encolhido. Ainda olhei para o pai natal para ver se um ano de arrecadação não o tinha transformado no abominável homem das neves mas não, continuava o mesmo boneco com ar pachorrento e fofinho dos anos anteriores. Passámos para a segunda etapa, pôr o enfeite natalício na porta e lá arrancámos o primeiro sorriso à miudinha! Na montagem da árvore, Margarida participou ativamente na distribuição das bolas natalícias e… ficou por aí! Este ano também voltámos a fazer o presépio contando à miudinha a simbologia do mesmo e envolvendo a criaturinha na sua montagem. E esteve muito animada em todo o processo e parece que percebeu tudo pois a cada visita, miudinha apresenta as personagens principais é “a mamã” (Maria) o papá (José) e o bebé (menino Jesus), contudo por vezes algumas personagens ausentam-se, por exemplo os reis magos já os encontrei no carro de bonecas e as ovelhas por vezes tomam banho com a Margarida. Costuma também haver muitas reuniões no nosso presépio, miudinha gosta de pôr as figurinhas todas em círculo como se estivessem reunidas a discutir assuntos importantes. Temos também alguns animais exóticos como as girafas a dar um colorido especial ao nosso presépio. Este ano temos também um comboio de natal que não resisti em trazer para casa e passeia debaixo da nossa árvore, comboio esse que a Margarida não achou graça nenhuma, utilizando apenas os carris para pôr as pobres ovelhas do presépio a pastarem, mas só depois da banhoca tomada claro!

2 anos: a comemoração em família:

Enchemos balões, pendurámos bandeirolas, muito colorido para o segundo aniversário da princesa da casa! Família reunida, os priminhos todos já a correr, a mexer, a fazer barulho, numa confusão alegre e muito bem-vinda! Os caricas foram a banda sonora, muitas palmas e gargalhadas, muito embrulhos para desembrulhar (o que ela gosta de desembrulhar!) E o momento tão esperado: os parabéns, a salva de palmas, o brilho nos olhos, a vela para apagar e o sorriso tão feliz! Teve direito a apagar as velas várias vezes e os primos também! Foi um dia longo mas muito feliz!

A Margarida que já pede (principalmente papa) tinha um desejo, à pergunta: - o que queres de presente para os anos? a Margarida respondia: “Um cão”! Nós demos o nosso melhor, havia cães nos balões, no bolo de aniversário e os avós ofereceram peluches caninos, um deles muito interativo que ladra, anda, abana o rabo. Mas o entusiasmo não foi grande… E à pergunta: - o que queres de prenda para o Natal? a Margarida continua a responder: “Um cão”!

2 anos: a comemoração na escolinha:

Comemorámos na escola junto dos coleguinhas no ambiente de todos os dias. Levámos um bolo e fizemos-lhe uma surpresa. Chegámos cedo ainda na hora do lanche e ficamos à espera sem ela nos ver. Do outro lado ouvíamos os meninos que numa animação gritavam “festa, festa, festa da Magaida”, a professora apressava-os “quanto mais depressa lancharem mais depressa começa a festa da Margarida”. Continuámos à escuta mas não a ouvíamos, sorriamos ansiosos por ver a reação dela quando nos visse ali.

Entretanto ouvimos a professora a dizer-lhes para se sentarem que a festa da Margarida ia começar. E chamou a surpresa: mamã e papá entraram na sala com o bolo de aniversário, a vela e a canção dos parabéns em alto e bom som! Cantámos juntos num entusiasmo vibrante e tão sonoro que só as crianças conseguem na plenitude. A nossa Margarida estava surpreendida, com um ar sério de quem não estava à espera nem a perceber porque raio estávamos ali naquele aparato todo! Das duas uma, ou foi mesmo apanhada de surpresa e teve um ataque de timidez ou saiu ao papá na descrição e no entusiasmo “festil”!