quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A tua primeira sessão fotográfica

E já está, 6 HORAS depois sessão newborn concluída! Que estucha que foi! Não é para desencorajar quem eventualmente gostasse de fazer uma sessão deste género, as fotos ficaram giríssimas! Sem dúvida que quando crescer vai gostar de ver e perceber o quanto era pequenina!
Mas há que ir consciente que a coisa pode demorar, as fotos têm de ser tiradas com o bebé a dormir, daí serem feitas preferencialmente nos primeiros 12 dias de vida, altura em que a MAIORIA dos feijõezinhos dormem mais. É pena a minha feijoca não pertencer ao grupinho da maioria e levou nada mais, nada menos do que 4HORAS até cair num sono profundo. O resto foi sessão, bracinho aqui, mãozinha ali, parecem plasticina, de tão fáceis de moldar! O resultado é esta ternurinha de fotos!





Alguém fez algo deste género? Gostavam de fazer?


 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Quando te vi pela primeira vez


O meu principal desejo sempre foi que fosses um bebe saudável, independentemente do sexo e das características físicas. Claro que tinha muita curiosidade de saber como eras principalmente a partir do 6º mês em que tudo ganha mais forma, a barriga está cada vez maior e comunicas cada vez mais connosco em forma de pontapés vigorosos. Imaginei sempre uma carinha redonda e dois olhinhos escuros a lembrar azeitonas.

Queria muito sentir-te nos braços, imaginei muitas vezes como seria mas principalmente o que sentiria. E finalmente aconteceu conhecemo-nos às 15:26h do dia 28 de novembro! Não consigo pôr em palavras o que senti naquele momento é um turbilhão de emoções muito forte, nunca antes tinha ficado tão descontrolada emocionalmente, é maravilhoso ver aquele serzinho pequeno, indefeso a sair de dentro de nós, é um amor imediato e incondicional, é uma descarga de adrenalina indescritível, uma sensação de dever cumprido de que se morresse naquele momento morria muito feliz… porque te conheci!

Rebentaram-me as águas…. 40semanas e 2dias

 E depressa chegaram as 40 semanas, barrigona enorme, mobilidade cada vez mais reduzida. Dia 23 de novembro, sexta-feira último dia de trabalho, trabalhei orgulhosa até ao dia em que me propus exatamente três dias antes de fazer as 40 semanas. Claro que as dores nas costas eram muitas, a barriga já chegava à secretária, a sensação de calor era cada vez maior, estamos no final se novembro mas para mim é como se estivéssemos ainda a viver os dias tórridos de sol de agosto!
As viagens de carro (a partir do 6ºmês) até ao trabalho, nunca me custaram apenas o cinto no final já me incomodava um bocadinho. No final as noites já eram complicadas, adoravas o lado direito da barriga da mãe, quando me virava ao contrário tinha a sensação de ficares pendurava a fazer pressão para o lado contrário. No domingo dia 25 (um dia antes da DPP) compareci cedo como combinado no hospital para mais uma avaliação e com o receio de que pudesse ficar logo internada, a médica perguntou se queria que induzisse naquele dia, e mais uma vez senti um friozinho na espinha, as pernas bambas, e os tremeliques de nervosismo do costume (custa-me admitir isto, mas nas últimas semanas, o medo do parto em alguns momentos sobrepôs-se ao desejo de te conhecer), e preferi esperar até quarta (data máxima que a médica achou razoável esperar) até pela graça de poderes nascer também no dia 28. Saímos de lá com a promessa de que iria andar muito para acelerar o processo. E assim fiz, segunda-feira, fui passear por Odivelas a pé, resultado, apenas muito cansaço algumas paragens pelo caminho e muita água. Dia seguinte, fui até á praia com a avó e nada, parecias continuar muito confortável. À noite já a arrumar a cozinha com uma vontade incrível de fazer chichi, não consegui aguentar e tive a sensação de fazer chichi nas cuecas. Já na casa de banho percebi que tinham-me rebentado as águas! Telefonei à médica a confirmar não vá fosse da minha cabeça e não fosse necessário ir logo para o hospital, mas ela confirmou que sim. Comecei a arrumar as coisinhas mas ainda estava na casa de banho já o teu pai estava de mochila às costas, mala da maternidade prontinha e paninho na mão (não vá eu molhar o banquinho do carro) e gritava apressado “Vamos, vamos!” E lá fomos… eu de perninhas bem fechadas porque cedo percebi que não conseguia controlar a perda das águas.
Já passava das 22h quando chegámos ao hospital, e lá fui eu corredor fora de perninhas cruzadas e passinhos curtos. O teu pai muito apressado já no elevador chamava-me “anda lá” não percebia que se a mãe desse um passinho maior corria o risco de semear pocinhas de água pelo corredor!
O médico que me examinou estava muito concentrado no ecrã do computador, sem tirar os olhos da maquineta, pediu que me despisse e me deitasse na maca, ao que respondi “não está a perceber eu continuo a perder águas”, ao que ele retorquiu muito prático (com certeza farto de lidar com situações semelhantes), “sim, sim, dispa-se”, eu continuei “mas dispo-me assim?!”. Ao que ele argumentou tirando pela primeira vez a cara do ecrã “não se preocupe que não morremos afogados” se não fosse eu a causadora da inundação confesso que até me teria rido mas estava demasiado nervosa para isso. A enfermeira (uma querida sempre) ajudou-me a despir e o médico observou-me “confirma-se, perda de águas” contudo, constatou que ainda não estavas em posição, e dificilmente estarias dizendo logo que iria ser cesariana.
Nunca tendo pensado nessa hipótese, assustei-me ainda mais, a médica sempre me disse que estavas bem “encaixada” o útero permeável, todas as condições para ser um parto normal e de repente o choque, nem tinha pesquisado nada sobre o assunto só pensava que seria uma operação! Já no quarto com o teu pai ao meu lado e os aparelhometros todos ligados, soro no braço, CTG a registar contrações de 5 em 5m, nada de dores, o médico insistia admirado “não está a senti dor nenhuma?” Segundo o teu pai o CTG devia estar ligado a outra grávida qualquer, pois eu não sentia nem uma picadinha. Já que não estava a sentir dores e estava a ser monitorizada o médico decidiu esperar até ao outro dia. E assim foi, dia 28 de novembro quarta-feira depois de uma noite muito mal dormida e sempre na expectativa lá chegou a médica que decidiu induzir, começou por uma dose baixinha de ocitocina que ia aumentando gradualmente de hora a hora, contudo continuava a não sentir dores nenhumas e tu continuavas muito bem arrumadinha na minha barriga sem vontade aparente de vir cá para fora. Finalmente às 15h parti-mos para a cesariana, ia conhecer-te em breve!