A tua primeira sessão fotográfica

E já está, 6 HORAS depois sessão newborn concluída! Que estucha que foi! Não é para desencorajar quem eventualmente gostasse de fazer uma sessão deste género, as fotos ficaram giríssimas! Sem dúvida que quando crescer vai gostar de ver e perceber o quanto era pequenina!

Mas há que ir consciente que a coisa pode demorar, as fotos têm de ser tiradas com o bebé a dormir, daí serem feitas preferencialmente nos primeiros 12 dias de vida, altura em que a MAIORIA dos feijõezinhos dormem mais. É pena a minha feijoca não pertencer ao grupinho da maioria e levou nada mais, nada menos do que 4HORAS até cair num sono profundo. O resto foi sessão, bracinho aqui, mãozinha ali, parecem plasticina, de tão fáceis de moldar! O resultado é esta ternurinha de fotos!

Alguém fez algo deste género? Gostavam de fazer?

 

Quando te vi pela primeira vez

O meu principal desejo sempre foi que fosses um bebe saudável, independentemente do sexo e das características físicas. Claro que tinha muita curiosidade de saber como eras principalmente a partir do 6º mês em que tudo ganha mais forma, a barriga está cada vez maior e comunicas cada vez mais connosco em forma de pontapés vigorosos. Imaginei sempre uma carinha redonda e dois olhinhos escuros a lembrar azeitonas.

Queria muito sentir-te nos braços, imaginei muitas vezes como seria mas principalmente o que sentiria. E finalmente aconteceu conhecemo-nos às 15:26h do dia 28 de novembro! Não consigo pôr em palavras o que senti naquele momento é um turbilhão de emoções muito forte, nunca antes tinha ficado tão descontrolada emocionalmente, é maravilhoso ver aquele serzinho pequeno, indefeso a sair de dentro de nós, é um amor imediato e incondicional, é uma descarga de adrenalina indescritível, uma sensação de dever cumprido de que se morresse naquele momento morria muito feliz… porque te conheci!

Rebentaram-me as águas…. 40semanas e 2dias

 E depressa chegaram as 40 semanas, barrigona enorme, mobilidade cada vez mais reduzida. Dia 23 de novembro, sexta-feira último dia de trabalho, trabalhei orgulhosa até ao dia em que me propus exatamente três dias antes de fazer as 40 semanas. Claro que as dores nas costas eram muitas, a barriga já chegava à secretária, a sensação de calor era cada vez maior, estamos no final se novembro mas para mim é como se estivéssemos ainda a viver os dias tórridos de sol de agosto!

As viagens de carro (a partir do 6ºmês) até ao trabalho, nunca me custaram apenas o cinto no final já me incomodava um bocadinho. No final as noites já eram complicadas, adoravas o lado direito da barriga da mãe, quando me virava ao contrário tinha a sensação de ficares pendurava a fazer pressão para o lado contrário. No domingo dia 25 (um dia antes da DPP) compareci cedo como combinado no hospital para mais uma avaliação e com o receio de que pudesse ficar logo internada, a médica perguntou se queria que induzisse naquele dia, e mais uma vez senti um friozinho na espinha, as pernas bambas, e os tremeliques de nervosismo do costume (custa-me admitir isto, mas nas últimas semanas, o medo do parto em alguns momentos sobrepôs-se ao desejo de te conhecer), e preferi esperar até quarta (data máxima que a médica achou razoável esperar) até pela graça de poderes nascer também no dia 28. Saímos de lá com a promessa de que iria andar muito para acelerar o processo. E assim fiz, segunda-feira, fui passear por Odivelas a pé, resultado, apenas muito cansaço algumas paragens pelo caminho e muita água. Dia seguinte, fui até á praia com a avó e nada, parecias continuar muito confortável. À noite já a arrumar a cozinha com uma vontade incrível de fazer chichi, não consegui aguentar e tive a sensação de fazer chichi nas cuecas. Já na casa de banho percebi que tinham-me rebentado as águas! Telefonei à médica a confirmar não vá fosse da minha cabeça e não fosse necessário ir logo para o hospital, mas ela confirmou que sim. Comecei a arrumar as coisinhas mas ainda estava na casa de banho já o teu pai estava de mochila às costas, mala da maternidade prontinha e paninho na mão (não vá eu molhar o banquinho do carro) e gritava apressado “Vamos, vamos!” E lá fomos… eu de perninhas bem fechadas porque cedo percebi que não conseguia controlar a perda das águas.

Já passava das 22h quando chegámos ao hospital, e lá fui eu corredor fora de perninhas cruzadas e passinhos curtos. O teu pai muito apressado já no elevador chamava-me “anda lá” não percebia que se a mãe desse um passinho maior corria o risco de semear pocinhas de água pelo corredor!

O médico que me examinou estava muito concentrado no ecrã do computador, sem tirar os olhos da maquineta, pediu que me despisse e me deitasse na maca, ao que respondi “não está a perceber eu continuo a perder águas”, ao que ele retorquiu muito prático (com certeza farto de lidar com situações semelhantes), “sim, sim, dispa-se”, eu continuei “mas dispo-me assim?!”. Ao que ele argumentou tirando pela primeira vez a cara do ecrã “não se preocupe que não morremos afogados” se não fosse eu a causadora da inundação confesso que até me teria rido mas estava demasiado nervosa para isso. A enfermeira (uma querida sempre) ajudou-me a despir e o médico observou-me “confirma-se, perda de águas” contudo, constatou que ainda não estavas em posição, e dificilmente estarias dizendo logo que iria ser cesariana.

Nunca tendo pensado nessa hipótese, assustei-me ainda mais, a médica sempre me disse que estavas bem “encaixada” o útero permeável, todas as condições para ser um parto normal e de repente o choque, nem tinha pesquisado nada sobre o assunto só pensava que seria uma operação! Já no quarto com o teu pai ao meu lado e os aparelhometros todos ligados, soro no braço, CTG a registar contrações de 5 em 5m, nada de dores, o médico insistia admirado “não está a senti dor nenhuma?” Segundo o teu pai o CTG devia estar ligado a outra grávida qualquer, pois eu não sentia nem uma picadinha. Já que não estava a sentir dores e estava a ser monitorizada o médico decidiu esperar até ao outro dia. E assim foi, dia 28 de novembro quarta-feira depois de uma noite muito mal dormida e sempre na expectativa lá chegou a médica que decidiu induzir, começou por uma dose baixinha de ocitocina que ia aumentando gradualmente de hora a hora, contudo continuava a não sentir dores nenhumas e tu continuavas muito bem arrumadinha na minha barriga sem vontade aparente de vir cá para fora. Finalmente às 15h parti-mos para a cesariana, ia conhecer-te em breve!

Medos e receios

Tenho alguns, não estou preparada nem acho que alguém esteja, tenho a certeza que vai ser muito complicado mas ao mesmo tempo a melhor experiência da minha vida! Não sei se vou ser a melhor mãe do mundo, se te vou dar a melhor educação do mundo, mas garanto-te que já te amo muito e vou dar sempre o meu melhor!

Espero sinceramente que sejamos amigas, que te transmita confiança suficiente para contares sempre comigo nos bons e nos maus momentos! Para enxugar-te as lágrimas com um abraço apertado e para aplaudir-te sempre nos teus sorrisos!

“Aos filhos devemos dar asas e raízes. Asas para voarem alto e raízes para voltarem sempre.” Hodding Carter

O teu quartinho

Escolhemos uma cor suave como tu, o teu avô lá foi pintar e ficou muito bonito. Escolhemos também um autocolante para a parede cheio de cor, animais e plantas para te acompanharem nas tuas brincadeiras e sonhos coloridos! 

3º Trimestre: o início do curso de preparação pré-parto

O teu pai estava com receio de ser o único pai a estar presente e ter de fazer par com todas as outras grávidas, mas para descanso de todas/os, os papas comparecerem em massa, mal entrámos no centro passámos a ser a mama Patrícia, o papa André e a bebé Margarida! Já sabemos o que é o períneo, que convive connosco desde sempre e que agora precisamos dele bem exercitado! Toca a exercitá-lo várias vezes ao dia!

Tem sido uma experiência engraçada cujo objectivo é tentar que fiquemos calmas/os na hora do parto através do ensino de técnicas de relaxamento, troca de experiências e informação! Muitas vezes informação a mais! O que tem feito que quanto mais avancemos no curso mais o teu pai tem a certeza que não será boa ideia assistir ao parto.

3º Trimestre

Começou com a análise chata aos diabetes, 1º picadela beber um líquido doce rapidamente, esperar uma 1h, novas picadelas porque as veias começam a não colaborar, mais 1h e finalmente as últimas picadelas… resultado: negativo, não tenho diabetes gestacionais! 

As férias de verão começam e lá fomos os três para o algarve! A passeata diária pela praia de barriguinha ao leu, os mergulhos gelados que demos juntos, lembras-te a água esteve sempre tão geladinha, mas portaste-te sempre lindamente!

Os pontapés estão cada vez mais fortes e contínuos, demoras a ajeitar-te quando me deito e me viro de um lado para o outro. Eu percebo, estás cada vez mais crescida e o teu pequeno balãozinho está a ficar apertado para te mexeres à vontade. Por vezes à noite quando estamos sentados no sofá divertimo-nos a ver-te andar de um lado para outro a levares contigo a minha barriga! J O teu pai já começou a ter conversas sérias contigo, começa sempre com “menininha estás a ouvir-me nada de festivais de verão e de namorados antes dos 30, estás ouvir?” não te preocupes filhota depois damos-lhe a volta! ;)

2º Trimestre: a ecografia 3D/4D o teu primeiro vídeo, já estás no youtube filhota!

 Íamos curiosos mas sem grandes expectativas não vá não estares muito virada para as fotografias. O médico avisou que o bebé podia não colaborar, mas colaboraste contrariada mas lá te foste mostrando, tímida com fomeca ou sono, abriste a boquinha e piscaste os olhitos tantas vezes! No final puseste os braços nos olhitos fizeste beicinho e não te apeteceu mais, nesse instante o teu pai conseguiu vir algumas semelhanças comigo para além das bochechas e do nariz abatatado “olha é amuada como à mãe”! E cá para nós filhota não é defeito é uma espécie de charminho feminino!

Depressa fizemos passar o vídeo aos familiares e amigos mais próximos, estava tudo ansioso por te conhecer Margarida! E tenho a dizer-te que um novo record foi batido, a tua avó conseguiu ver mais vezes o teu vídeo do que o vídeo de casamento dos pais e olha que é difícil bater esse record! Sempre que assistiu comigo parecia a primeira vez “ah olha a boquinha, ah olha os olhinhos, ah olha os bracinhos…” 

3º Trimestre: chegou o cansaço

A barriga continua a crescer a um ritmo impressionante, depois das férias 3 quilos em 6 semanas GOD! De manha é a ginástica diária põe camisola tira camisola, uma já não entra a outra fica pelo umbigo, a faixa de gravidez já a passou a ser uma das minhas melhores amigas! As costas começam a doer os passos começam a ficar mais pesados, subir escadas já é um desafio quase tão grande como correr a maratona até os caracóis começam a parecer-me animais velozes... Começo a perder agilidade, apertar as sandálias começa a ser um desafio, levantar-me do sofá já é uma aventura que requer muita técnica de rebolanço, para o teu pai é um espetáculo de humor!

2º Trimestre: quando soubemos que eras uma menina

Esperámos ansiosamente pelo dia 18 de julho que tardava em chegar, primeiro porque já não te víamos há algum tempo, devias estar mais crescida, estávamos cheios de curiosidade para saber se continuava tudo bem e claro para saber o sexo, não tinha qualquer preferência queria ter a certeza que continuavas bem a crescer e a engordar como assim tem de ser, e se podia começar já a ver roupinhas e escolher os nomes. E foi a última coisa que a médica disse, primeiro perguntou se queríamos saber, depois numa linguagem muito técnica disse: “genitais femininos”. Confesso que me vieram as lágrimas aos olhos! Na ecografia não dava para ver grande coisa, mas deu para te contar os dedinhos, ver as perninhas e te desejar do fundo do coração: muito bem-vinda às nossas vidas Margarida! 

2º Trimestre

Comecei a sentir-te… as primeiras vezes apenas uns barulhinhos, depois pareciam cócegas que davam vontade de rir, principalmente à noite, deitada no sofá, o teu pai com a cabeça colada à minha barriga a dizer que não ouvia nada, como se esperasse que falasses connosco, a pôr-te a ouvir música com um phone dentro do meu umbigo.

A barriga vai crescendo a cada dia, a roupa deixa de servir constantemente, há dias que me sinto gravidíssima, e outros em que me sinto apenas gorda e me assusto com as mudanças diárias no meu corpo...

1º Trimestre: quando comecei a sentir-me mãe

 É estranho gostarmos já tanto de um serzinho que ainda não nasceu, apercebi-me disso pela primeira vez quando pensei que te poderia perder às 11semanas de gravidez, senti um aperto forte no peito, uma vontade de chorar incrível, quando me apercebi que podias ter um problema mais grave e que poderias vir a sofrer mais tarde. Felizmente tudo não passou de um susto!

1º Trimestre

Sobretudo tranquilidade… está a ser uma gravidez muito tranquila, sem enjoos, sinto-me até mais forte, mais saudável pelo menos já não me lembro da última vez que me constipei.

Nas primeiras semanas desejava ansiosamente que a barriga crescesse, demorou um pouco até que finalmente apareceu, redondinha e bastante rija e com ela apareceu o cansaço que começa a ser maior, há semanas que me sinto ótima cheia de energia, e consigo ir ao ginásio 3x por semana com um sorriso na cara, há outras que chego à sexta saio mais cedo e vou direitinha para o sofá dormir uma cestinha de duas magnificas horas até ao jantar!

Sinto que estou a viver uma gravidez muito acompanhada e desejada por todos à minha volta especialmente pelo teu pai, que vai aguentando as minhas variações de humor, e pelos teus avos que andam loucos a comprar tudo o que veem e a fazerem planos para a tua chegada.

Teste de gravidez: POSITIVO… e foi assim que tudo começou

Foi um início estranhamente calmo, pensado, contido até. Se calhar um pouco frio, não fosse o desejo profundo que subjazia por trás. No fundo começou como um projeto, uma ideia que foi tomando forma.

 Seguimos todos os procedimentos como se de uma receita se tratasse (exames, análises médicas, paragem da pilula,…).Quando o atraso foi significativo fiz o teste lendo cuidadosamente as instruções e seguindo as recomendações: “primeira urina da manha”. Muito ensonada e com medo de falhar alguma coisa, rapidamente apareceu os dois risquinhos no teste, tabela de resultados: ”gravidez”!

O momento provavelmente exigia uma descarga de energia, saltos, gritaria, ir acordar o pai aos berros…. Curiosamente passou-se o oposto, olhei umas quantas vezes mais para o resultado li e reli, as instruções, e decidi comprar outro e fazer de novo! Segundo resultado: “gravidez”! Agora sim, sem dúvida, oficialmente grávida por dois testes de gravidez!

Contámos aos pais ainda com reservas, ansiando a consulta com a médica, para ver se, se confirmava, não vá os dois testes estarem avariados, mas não estavam! Conseguimos verte-te pela primeira vez em forma de bolsinha amniótica que a doutora afirmou ser ali que estavas!

E foi assim que começou a tua e a nossa aventura!