domingo, 26 de abril de 2015

As frases preferidas da Margarida!

Aos 28 meses de idade as frases favoritas da miudinha são “é meu” e “não quéo”!
Tudo é dela, principalmente aquilo que não é. Que o diga o primo Pedro. Nada pode ter aquele miúdo na mão, quando a Margarida está por perto. É vê-la de dedo inclinado “Pepo, é meu ai, ai, ai!” E podemos estar a falar de uma palhinha, de um carrinho, da avó… ou de qualquer outra coisa que ela pode até não ligar muito, até o primo chegar perto. O que vale é que o miúdo é descontraído e não lhe liga muito! Na escolinha é a mesma coisa, a Margarida é pastel a comer e como tal já houve disputa pela sua comida, ao que ela aciona o beicinho versão zangada, agarra no pratinho e grita “é meu, é meu” (mesmo que de pescada cozida se tratasse)! Margaridinha é muito zelosa e protetora das suas coisas em geral, mas não estamos a falar apenas em pequenos objetos ela zela por todo o nosso “património”, não vá os papás andarem distraídos. Por exemplo há pouco tempo tivemos de substituir o nosso duche, e a reação da Margaridinha quando viu levar o chuveiro velho: “é meu! (se)nhores”, “nãooo tau-tau, é meuuuu!”. Tivemos de segurar miudinha, explicar-lhe que não fazia mal, que iam trazer um novo. Quando voltaram para a montagem Margaridinha ficou sempre à porta de olhinhos bem abertos a observar tudo o que estavam a fazer, qual fiscalizadora de obras. De vez em quando ia até ao quarto, fazia desenhos e corria para lhes mostrar: “(se)nhores ol(h)a” eles sorriam…
Outra frase preferida é o “não quéo”. Aplicável a praticamente “quase” TUDO! Enuncio alguns exemplos: “não quéo” a sopa, “não quéo” o (b)anho, “não quéo” sair do (b)anho, “não quéo” acordar, “não quéo fazer ó-ó”, “não quéo” vestir de manha. Vamos agora insistir na aprendizagem da frase: “sim, faço o que os papás pedem!”

quinta-feira, 23 de abril de 2015

As nossas manhãs!

Mamã acorda mais cedo que o resto do clã, preparo tudo e depois vou acordar a Margarida. Pego-lhe ao colo, ela de olhinhos fechados (a fingir que dorme), hora dos beijinhos. Em troca recebo sorrisos e olhos ainda fechados, faço-lhe cocegas, ela sorri e lá os vai abrindo aos poucos. Aproveito para tentar vesti-la, ficando cada vez mais acordada sempre que lhe falo no pequeno-almoço, balbuciando um ainda dorminhoco mas já entusiasmado ”atum, atum” (Nestum). Por vezes, não corre tão bem e começa logo com um “não queo (v)estir” ou porque não quer tirar o pijama, ou apenas porque não quer…  miudinha chora, mãe chateia-se e quase a esgotar todos os argumentos, insisto “a mãe está vestida não está, na rua todos andam vestidos não andam, já viste alguém nu, na rua? “Ao que ela numa frase desmonta todas as minhas teorias: “Si, o cão!” Quando as coisas estão mais complicadas, o pai intervém… ainda com espuma de barbear na cara…ao que miudinha com ar critico aponta para a cara do pai “(s)ujo papá, (b)anhinho!”
Ultrapassada esta parte vem a segunda mais difícil, conseguir sair de casa! Já prontos chamamos a miudinha, ela responde-nos do quarto “si, si”, enquanto calmamente continua a desenhar na sua mesinha! Outras vezes vem de imediato a correr, mas não vem sozinha.. Consigo trás: um estetoscópio nas orelhas, um saquinho com as suas tralhas, o bebé ao colo e ainda uma malinha ao pescoço… ao mesmo tempo tranquiliza-nos “tou ponta”! Quando finalmente estamos os três prontos, chave na porta… miudinha tem o chamamento fisiológico, “cocó mamã, nita” e nem dá tempo de responder (um não muito pedagógico, mas muito prático “faz na fralda, estamos atrasados”), porque miudinha desata a correr direta à casa de banho e temos de ser rápidos… antes que tire a fralda e o chamamento fisiológico seja mais rápido que toda a família… Depois é a espera… mamã sentada no bidé, papá encostado à porta e um “já está?” de minuto a minuto, ao que ela retribui com um calmo e sorridente nhão! …
E são assim as nossas manhãs, se podiam ser diferentes? Podiam, mas não era a mesma coisa!
 

terça-feira, 21 de abril de 2015

A “Guiga” e o “Nis” a paixão destes dois

Eles têm 12 dias de diferença e são primos. Não se veem todos os dias, não andam na mesma escola, nem moram perto. Mas não há dia que ela não pergunte pelo “Nis”, nem dia que o Dinis não fale na “Guiga”! Não há brincadeira em que ela não pegue no telefone e não fale com ele: “Olá Nis é ida, ana cá, tá?” Ela já acordou a perguntar pelo “Nis”, já houve semanas que quando tocavam à porta ela corria a gritar “é o NIS, é o NIS”. Quando ainda de manhã lhe digo vamos ver o Dinis, é vê-la aos saltinhos “sim mamã, vamos ao NIS”, e sem perder tempo corre a buscar o casaco!
E quando se veem… é a felicidade no estado mais puro. Ele geralmente já está à espera dela, acena-lhe do portão a sorrir, vai buscá-la ao carro aos gritos GUIGA, GUIGA, é a GUIGA, ao que ela retribui com um tão feliz “NISSS”! Gritam de contentes, dão abraços felizes e partem os dois a correr. Repetem exatamente o que cada um faz. O Dinis brinca às bonecas com a Margarida e a Margarida adora os carros do Dinis. Partilham comida, chuchas, águas, migalhas e disparates. Raramente se desentendem e quando acontece, rapidamente fica tudo bem e sem choros. Quando o disparate é maior e procuramos “culpados” acusam-se mutuamente, riem-se e fogem rapidamente. A Margarida diz que vai para a “paia” com o “Nis” e o Dinis, diz que vai de “vião” com a “Guiga”, enquanto vão e não vão brincam felizes!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O filme (bi-diário) para tomar a medicação.

Felizmente a Margarida tem sido uma criança muito saudável, muito pontualmente ficou doente e nada que envolvesse grande medicação. Há pouco tempo necessitou de tomar medicamentos (três xaropes numa toma bi diária) e foi um desespero para que os tomasse. No início, fomos ingénuos e usámos o argumento “Margarida, não queres continuar com doi doi na garganta, vá tens de tomar para passar”. Como resposta, um valente “nhão” e boca fechada… decidimos então usar a técnica da distração, enquanto via o Ruca tentar enfiar-lhe a xaropada toda, mas em troca recebemos gritos, choros e boca fechada. Foi então que decidimos apelar ao orgulho/ego de serzinho “os priminhos tomam os medicamentos todos sem birras, e gostam muito, eles são uns crescidos…” e nada. Passámos para as promessas “se tomares o xarope vamos ao parque, aos avós, aos primos… “ e nada Margarida sempre de boca fechada e lágrimas nos olhos! Entrámos no campo das ameaças, “se não tomares, ficas sem ver o Ruca e o Panda durante 20 anos!” e também não resultou. Foram 8 dias disto, uma luta bi diária, de negociações, de lágrimas e gritos. Até eu tomei todos os xaropes para ela ver que não eram assim tão maus (e não eram). A única forma que conseguimos que ela tomasse o raio dos remédios, foi em troca de chocolate! E não foi com promessas de lhe dar chocolate a seguir, tinha de ir buscá-lo primeiro e só depois de o ver é que a menina abria a boca. E foi assim… durante 8 dias! Tomava os remédios muito triste e de lágrimas nos olhos, de seguida o bocadinho de chocolate e um “nham, nham”, com muitos sorrisos a fazer esquecer as lágrimas.