O Natal da Margarida!

O Natal trouxe olhinhos cintilantes, sorrisos espontâneos, muita energia, pouco soninho e muitos trambolhões! A princesa da casa fez competição direta com o menino Jesus e foi mesmo a “atração principal”! Quase como a pedido lá pôs em prática as gracinhas que tem vindo a aprender. Foram muitas as palminhas, os "xaus", os “tatá” ao telefone e aqueles abraços bons, que ela já dá e que sabem a tanto!

O Natal devolveu também o apetite á Margarida. Voltou a abrir a boca com determinação para comer a sopinha, a fruta e ainda petiscar da nossa refeição, adorou o bacalhau da consoada e o perú no dia de natal. Com o aniversário ainda tão recente, nota-se já alguma prática na hora de abrir os presentes. Já percebe que há algo mais para além das caixas e que os embrulhos são para abrir. No entanto, continua a adorar brincar com os papelinhos e puxar laços. A quantidade de prendas, claro que voltou a ser em exagero, mas há coisas que não conseguimos controlar. Amigos e familiares próximos, todos quiserem oferecer um presente á Margarida, e principalmente estavam desejosos por ver a carinha dela a abri-lo. Aos que não puderam ver in loco, posso-vos dizer que apesar do entusiasmo não ser o mesmo, como quando vê um par de chinelos ao seu alcance, garanto-vos que ela adorou abrir cada um deles e fê-lo sempre, com a alegria inocente de quem está a descobrir tudo pela primeira vez! 
E assim foi o Natal da Margarida: feliz!

O Natal!

Eu adoro o Natal e tudo o que envolve: para mim esta época festiva é sinónimo de família reunida, muito verde e vermelho, pai natal, presépio (o cristão e pagão convivem felizes em minha casa!), bacalhau e bolo-rei! Mas principalmente é sinónimo de boas recordações! Lembro-me da minha infância, do pinheiro que ia apanhar com o meu e pai e com o meu avô, lembro-me da construção do presépio com musgo verdadeiro, dezenas de figurinhas e um lago que o meu pai construiu com um espelho velho e a vela do meu primeiro aniversário. A vela

era um patinho e através de uma engenhoca que ele inventou, girava em cima do “lago”. O que eu me divertia, ao ver o patinho a “nadar” sozinho em cima do espelho velho! O presépio e a árvore eram montados em cima de uma mala enorme, onde a minha mãe guardava a roupa da estação anterior, e ficava no meu quarto encostada à parede. Lembro-me dos chocolates na árvore de Natal que graças a mim e ao meu avô (meu cúmplice, sempre!), só os papéis (muito bem moldados para ninguém desconfiar) chegavam ao Natal. Lembro-me do calendário de chocolate, e da batota de comer mais do que um por dia, com a desculpa que queria que o dia 24 chegasse mais rápido! Lembro-me da minha avó a amassar as filhoses na cozinha, e eu a pedir-lhe “faz parecidos com patinhos avó”! Lembro-me da luta que era para me manter acordada até á meia-noite, e da energia com que me levantava na manha de natal, para poder brincar com todos os brinquedos, que o pai natal me tinha deixado.

Já mais tarde, lembro-me da azáfama que era a véspera de natal, dia de anos do meu pai, e durante muitos e muitos natais dia destinado para compras! O lado positivo é que na hora de escolher os presentes, não havia espaço para indecisões!

E são estes os presentes de Natal que quero deixar à Margarida, para além dos muitos brinquedos que inevitavelmente vai ter, quero que esta quadra lhe traga sempre recordações felizes, daquelas que duram para o resto da vida!

 

A construção da árvore natal

E declara-se oficialmente aberta a época natalícia na nossa casa! Já temos árvore de natal montada e uma duendezinha chamada Margarida a colorir mais a coisa! Este ano batemos o nosso record…precisámos de uma tarde e duas noites para montar a nossa árvore de Natal! Começámos na tarde de domingo e acabámos terça à noite. O plano era aproveitar enquanto a miudinha estivesse a dormir e faze-la num ápice. Mas o plano saiu furado, tivemos visitas a miudinha não dormiu, e andava divertidíssima a tentar escalar as caixas e a puxar os bigodes ao pai natal. Na segunda-feira, depois de um dia de trabalho, miudinha como sempre cheia de energia a adormecer pelas 22h, ficamo-nos apenas pelos ramos da árvore, só no outro dia à noite completámos o esqueleto e pusemos as luzes e as bolas.

Optamos por não comprar efeitos novos, só se a coisa se revelar muito dramática é que teremos de substituir as bolinhas por efeitos de pano talvez, também não montámos o presépio, não fosse a Margaridinha engolir alguma vaquinha ou mesmo o menino jesus!

Apesar de já ser o segundo Natal da Margarida, ainda não foi este ano que miudinha participou na montagem da árvore e espero também que não participe ou antecipe a desmontagem! Olha admirada principalmente para as luzinhas mas depressa se distrai com qualquer outra coisa e vai à sua vidinha.

A festa de primeiro aniversário da Margarida!

Depois de já ter cantado os parabéns à família praticamente toda, finalmente chegou o dia da Margarida! Eu que adoro fazer anos, prendas e família reunida adorei organizar a(s) festa(s) de primeiro aniversário da princesa! Uma mais pequenina no dia, e outra maiorzinha no sábado. Os papás tiraram o dia de anos da princesa, e levámo-la a passear a um dos seus sítios prediletos, os parquinhos do centro comercial. Para a festa dei-lhe total liberdade para convidar todos os seus amiguinhos! Mas a rapariga é modesta, e para além dos normais mama, papa, teteté e papápá, não chamou mais ninguém! Mas festa é festa por isso convidei os familiares mais próximos! Mesmo assim ainda eram 5 criancinhas “físicas” porque um ainda está dentro da barriguinha. Decorámos tudo a preceito: muitos balões, tudo pincelado em tons de rosa, branco e lilás, o bolo com os bonequinhos preferidos da Margarida, o sapinho, o patinho amarelo e os passarinhos a lembrar a imagem da árvore que a miúda tem no quarto e que adora! O bolo a fazer pandan com os cupcakes e as bolachinhas, que ficaram um mimo e são da responsabilidade da Raquel by Homemade que aconselho vivamente!

A Margarida esteve sempre bem-disposta, muito animada nas suas brincadeiras, de colo em colo, olhinhos sempre a brilhar, a bater palminhas a tudo o que se mexia e ao que não se mexia também! Quanto aos presentes, muito mais que o conteúdo o que ela gostou mesmo foi das caixas, que serviram de tamborzinhos e de plataformas a serem escaladas.

E assim foi a primeira festa de aniversário da Margarida! ;)

O primeiro ano da princesa Margarida!

Lembro-me de quando chegámos a casa e o assustador que foi pensar que nada mais ia ser como dantes, como é que te iria alimentar, porque é que choravas se tinhas a fralda mudada e comido á 5m atrás?! O que podia fazer para te acalmar, quando é que ia conseguir dormir mais de 3horas seguidas?! O pânico quando te engasgavas, o grande susto (felizmente, apenas isso!) que nos fez levar às urgências com suspeitas de teres engolido o brinco da mãe. De quando acordavas para mamar, pontualmente de 3 em 3 horas, e no bercinho me recebias com um ar tão ternurento. Da primeira vez que dormiste a noite toda (6horas seguidinhas!!!) e nós também! Quando te pusemos a “morar” no teu quarto, e não arrumamos logo o berço. No fundo acho que tínhamos esperança que voltasses ao ninho. :) O ar entusiasmado nas tuas primeiras descobertas, a primeira vez que molhaste os pezinhos na água fria da praia e adoraste! As caretas verdadeiras quando te demos sopa pela primeira, segunda, terceira (….) milésima vez. O sentimento de culpa que tenho cada vez que cais, cada vez que te magoas porque não posso estar em todos os sítios, em todos os lugares, a todas as horas. As tuas conquistas, quando pela primeira vez te sentaste direitinha sem apoios nem medos, a agilidade com que gatinhas, te pões de pé e exploras todos os cantos da casa. As birrinhas que fazes quando não consegues levar em frente, os teus intentos! De quando estás muito tempo sossegadinha e quando te procuro ou estás a tentar comer uma cebola, ou a espalhar um saco de fraldas novinho pelo quarto!

De como é bom acordar-te de manhazinha com mil beijinhos e me ofereceres aquele sorriso tão teu, tão doce que faz tudo fazer sentido!

De quando te vou buscar e me presenteias com um sorriso de orelha a orelha e desfazes todas as minhas inseguranças. Quando me procuras pela casa e te penduras nas minhas pernas a sorrir! Quando dás aqueles abraços apertados que curam tudo! A primeira vez que disseste mamã, como soube bem! De como é bom encher-te de beijinhos, adormecer-te enroscadinha a mim, espreitar-te enquanto dormes!      

Mas de facto nem tudo são rosas. A vida contigo dá muito mais trabalho e por vezes dá um cansaço… mas também faz muito mais sentido!

Muitos Parabéns Margarida! :)

Soltem os balões, mandem vir os palhaços. Ponham a galinha pintadinha em alto e bom som, porque hoje é o dia da Margaridinha! 

A Margarida faz hoje 1 aninho! Passou num instante! Tudo muito intenso! Quem podia imaginar que 12 meses passassem tão rápido?!



Quando ficam doentes...

Nestas alturas, fica fácil perceber quando um choro não é apenas um choro. E custa tanto! Como é difícil ver-te chorar, e não poder fazer muito mais que dar um medicamento, um abraço forte e esperar que passe. Mas também penso e espero, que no futuro todas as tuas dores se curem assim, com um abraço forte e um medicamento ligeiro!

Felizmente e em quase 12 meses de vida, foram apenas 3 as maleitas da Margarida:  

1ª maleita: 4 meses e duas semanas, início da terceira semana de trabalho pós licença de maternidade, primeira maleita da miudinha, bronquiolite! – Causa: saudades da mãe! Diagnóstico médico: virose! Cura: antibiótico, varias sessões de aerossol, muitos miminhos dos papás e em dois dias estava ótima!

2ª maleita: 11 meses, primeiro episódio de febre! – Causa: dentes???? (Um mês depois percebemos que não, continua desdentadíssima!) Cura: benuron e muito mimo. Nesses dias adormecia espontaneamente ao meu colo, parecia novamente a minha bebé pequenina, que adormecia tranquilamente em cima da minha barriga, lugar tão teu! Que a ti te continua a acalmar, e a mim me reconforta tanto! ;)

3ª maleita: 11 meses terceira semana, primeira constipação! – Causa: é melhor não dar palpites porque até agora saíram todas ao lado! Cura: muito soro, aspiradelas nasais frequentes e aerossol. As noites foram complicadas, como explicar a um bebé de 11 meses que quando não se consegue respirar pelo nariz, respira-se pela boca? Para além do mais, quando na boca se tem a amiga chuchinha que acalma e tranquiliza tanto, nestes dias! Mal via o soro desatava a chorar, quando aproximávamos o aspirador nasal então, começava logo a espernear. Precisámos do reforço dos beijinhos para tranquilizar a miudinha! Nariz aspirado, muito colinho e caminha dos papás! O melhor remédio para todas as maleitas, esperava eu! Mas não, a Margarida dormiu a espaços curtos e nós também, o nariz entupia, nova choradeira, nova aspiradela e novo choro, com impacto diferente quando ouvido às três da manha, num prédio adormecido!

Essa manha foi igual a tantas outras, acordei-te com beijinhos e tu respondente com esse teu sorrisinho doce mas com muita, muita ranhoca a acompanhar! ;)

Por vezes dá um cansaço!

- “Madrugada” típica de um fim-de-semana pós Margaridinha, turno da mamã:

Sábado 07:30h da manha, segunda tentativa de adormecer miudinha: frustrada! Mamã desiste e leva miudinha para a cama dos papás, na esperança que no quentinho, bem enroscadinha ela adormeça. Resultado: miudinha gatinha por cima da mamã, puxa o nariz ao papa, põe-se de pé equilibrando-se na cabeceira da cama, ao mesmo tempo que exibe os seus dotes vocais nas cantorias mais recentes “papapá, papapi, papapé, tététeté”. Mamã decide levantar-se, e vai para a sala em modo zombie com a miudinha cheia de energia nos seus bábábás e tététés animados e bem sonoros. Põe miudinha no chão, dá-lhe os brinquedos preferidos e liga a TV na esperança que ela se entretenha com alguma dessas coisas e a deixe fechar os olhos durante um tempinho. Mas a coisa resulta durante 5 maravilhosos segundos, tempo que leva a gatinhar até ela e a puxa com um entusiasmado tététété! Afinal brincar com a mamã, tem muito mais piada! Infelizmente, ela ainda não sabe o que são fins de semana!

Os 10 meses da Margarida: novos passatempos

Entretém-se algum tempinho na aranha, mas não faz grandes “caminhadas”. Põe a língua de fora com um ar engraçado quando se esforça a fazer alguma coisa, ou simplesmente quando quer alcançar algum brinquedo e não consegue, ou em jeito de protesto quando lhe tiramos alguma coisa, por exemplo as rodas do próprio carrinho que insiste em lambe-las! (os bebés são estranhos).

Gosta muito de bater palmas, mal ouve um sonzinho senta-se de imediato a bater palminhas. Desde que descobriu as palmas, basta sorrir um bocadinho mais que lá vem palminhas a acompanhar.

Já come bolacha maria à mão, come ela, comem os brinquedos, o tapete, o chão e tudo aquilo que se vai cruzando com a Margaridinha e a sua bolachinha. Depois de muito babadas, adora esmagar as bolachinhas nas mãos e depois com um sorriso largo, vai abrindo as mãozinhas como para mostrar a nova conquista, o novo poder de esmigalhar coisinhas nas mãos. Gosta muito de estar no quarto dela a desarrumar tudo, isto é, brincar! :) A ida ao supermercado é uma diversão, olha para tudo com entusiasmo, tenta agarrar o que está mais à mão e a quem lhe cai em graça, distribui sorrisos e acenos!

Já lhe mordeu a mosca da timidez, deixou de sorrir a tudo o que mexe, sorri a quem lhe é familiar ou a quem lhe cai na simpatia, caso contrário cola-se que nem uma lapa à minha pessoa e põe um ar mais sério que qualquer político em véspera de eleições.

Já tem um animal preferido… e não, não é um elefante, um macaco, ou simplesmente o gato Tobias ou alguma das CINCO cadelas dos avós. O animal preferido da Margarida, pelo qual se vira desenfreadamente e segue com entusiasmo, mesmo com outros animais mais “engraçados” ao lado, é o ... pombo! Está numa fase muito tagarela, não funciona a pedido, mas quando lhe apetece diz mamã, papá, bebé, entre outras coisas que ainda não conseguimos decifrar!

Os 10 meses da Margarida: novas conquistas

E aos poucos a Margarida começou a gatinhar! Mas tem de ter um alvo, um objetivo bem definido, de momento são… chinelos! Só um par de chinelos faz com que a Margarida, levante o rabinho com determinação e se ponha a caminho. Mas isso não quer dizer, que durante o caminho não faça uma pausa para descansar, e bater umas palminhas!

Primeiro, começou por rebolar, depois desenvolveu a técnica do rastejar, arte que desenvolveu com muita agilidade, de fazer inveja a qualquer cobrinha bebé. E como “quem não tem cão, caça com gato” rastejava, rebolava, esticava-se para apanhar os brinquedos, por mais longe que estivessem.

Era engraçadíssimo vê-la a tentar pôr-se em posição, mas o rabinho é pesado, não se aguentava e caia. Depois, deixava-se estar deitada uns segundinhos a recuperar o folego para nova tentativa e, lá ia ela novamente! Voltava a pôr-se em posição, cerrava os punhos e depois eram os bracitos que iam abaixo. Ficava zangada, chorava um bocadito, mas nunca desistiu!

Também adora dar passinhos, dá-nos os bracinhos como a pedir mais uma visita guiada pela casa. E já se põe de pé com muita agilidade, agarrada ao que tem mais à mão: sofá, cama de grades, papás… Revelando alguma aspiração a alpinista, pois quando estamos deitados ao lado dela, tenta sempre escalar-nos!

O regresso ao trabalho - Parte II

Após 3 semanas de férias numa rotina diária com a minha rebentinha, eis que chegou a véspera do regresso ao trabalho! (A véspera parece que custa mais do que o próprio dia!) Não sou de sofrer por antecipação, nem tão pouco de depressões pós-férias. Mas desta vez… parece que estava a regressar novamente da licença de maternidade! Custou-me tanto aquele domingo à noite, sentia-me triste, sem ânimo! A pensar que ia perder novamente todos os sorrisinhos dela, e logo agora que ela está quase, quase, quase a gatinhar!

Só pensava que ia perder o “privilégio” de ser a primeira pessoa a vê-la gatinhar pela primeira vez! Fiz o filme todo na minha cabeça, no dia seguinte quando a fosse buscar aos avós, o habitual cumprimento ia ser substituído por qualquer coisa como “a Margarida já gatinha, a Margarida já gatinha”! E lá se ia a última gotinha de ânimo, para ir trabalhar no dia seguinte!

 O certo é que, já passaram mais de 15 dias desde que regressei ao trabalho e a Margarida continua quase, quase a gatinhar!

Mala de mãe

Muito interesse e curiosidade suscita o conteúdo da mala de uma mulher, sempre cheias e cada vez maiores! E o que levamos na mala depois de sermos mães?!

Exatamente o mesmo que antes, a novidade é que agora, quando tentamos encontrar o telemóvel, pode sempre sair-nos uma chucha, um ganchinho de cabelo ou no caso de hoje, um sapo de borracha! O que dá muito jeito quando estamos com o rebento ao lado, e não no trabalho ou de manhãzinha a tentar encontrar a chave do carro e só nos sai bonequinhos e tampinhas de chucha! Podia trazer simplesmente uma foto dela, mas mais facilmente encontro um babete, ou uma variedade de ganchinhos coloridos bem minúsculos!

É impressionante, as coisas do meu rebento que levo comigo diariamente sem saber, e não é só na mala! Hoje mesmo quando ia pagar o pequeno-almoço, veio-me um leve entusiasmo quando vi que o meu bolso estava com um volume simpático a indicar que podia ser uma nota enrolada! Mas não, era apenas uma meia da rebentinha esquecida nos meus bolsos!

E de repente disse... mamã! ;)

Mas não foi um mamã qualquer, aleatório, atrapalhado ou ocasional, foi um mamã convicto, direitinho, propositado e repetitivo também.... Acompanhado de um sorrisinho doce dirigido à minha pessoa, que naturalmente está babadíssima! Nunca pensei muito em qual poderia ser a primeira palavrinha dela, mas claro que me assustava a ideia de ser qualquer coisa, tipo “SOPA NÃO!” ;)

A Margarida primeiro começou a fazer uns sonzinhos meio indefinidos e de há uns meses para cá, começou a balbuciar umas coisinhas, foram muitos os bubuBUS e os bá baBA, bábábBÁÁ que vão sempre aumentando de intensidade e volume. E que os avós conseguiam sempre decifrar na perfeição, para eles eram perfeitos, “Olá”, “mamã”, “papá”, “dá”, “não”...! Mas só ontem às portinhas de completar 10 mesinhos de existência, disse a sua primeira palavrinha! O pai, ainda tentou ignorar o facto e em resposta insistia a sorrir com “papá”, “papá” mas em troca recebia mais “mamã”, “mamã”! Hoje, damos-lhe o caderninho para ela ir estudando o papá!! :)

As primeiras férias da Margarida

 

Como não poderia deixar de ser, rumámos até ao sul do país! A Margarida foi conhecer o Algarve, mais exatamente a praia da rocha. Foi tudo planeado com muita antecedência, mês de Setembro, um mês mais ameno e calminho, praia espaçosa, hotel escolhido a dedo com muitos pré-requisitos: perto da praia (para não andarmos a pôr e tirar do carro o carrinho, miudinha, chapéu, geleira e saco de praia todos os dias), e equipado com kitchenette, principalmente congelador para depositar as sopinhas feitas a preceito dias antes, nas modalidades carne e peixe! O objetivo era tentar não fugir muito à rotina da Margarida, alimentar e quotidiana. Logo, foi carregar sopas muito bem etiquetadas e aprovisionadas para a geleira e esperar que não se estragassem pelo caminho!

O carro, contra todos os prognósticos não foi a arrebentar pelas costuras. A roupa dos três, coube toda numa mala (condição do papá), mas a taxa de ocupação da mala, não foi muito equitativa. Ficou distribuída +/- assim: 60% de taxa de ocupação para a rebentinha, 25% para a mamã e 15% para o papá, ou seja, fui a única que perdeu taxa de ocupação! ;) O que levámos a mais foi fraldas, banheirinha insuflável, uma boia onde no 1º dia quase afogámos a miudinha (enganámo-nos no tamanho e a miúda quase caiu por ali abaixo), uns utensílio de cozinha e mais comidinha para ela.

A viagem até lá correu muito bem, ainda estávamos nós entusiasmados a cantar as musiquinhas dela e já a bela adormecida fechava os olhinhos. Só já acordou no Algarve. A Margarida adorou a praia e a piscina. Comeu bem e dormiu melhor ainda. Tinha tanta atividade, que as sestas eram quase espontâneas! Até na praia, dormia soninhos descansados!

Ir de férias pela primeira vez com ela foi delicioso, é uma descoberta a cada instante! Foi maravilhoso ver os olhinhos dela, brilharem a cada descoberta por mais insignificante que fosse! Mas por outro lado, é um cansaço!!! Nunca numas férias de verão por mais curtas que tenham sido, cheguei tão branquinha. Bati os meus records de (menor) tempo na água (que estava maravilhosa por sinal), fazíamos turnos de toalha, de mergulhos no mar… . A única coisa que não fazíamos turnos eram as sestas. Caíamos os três “desmaiados”, depois do almoço de tão podres de cansaço!

Quando de manhã cedo (não muito cedo, porque o tempo de tão ameno por vezes estava mesmo frio), chegávamos à praia já estávamos cansados, principalmente o pai André que, levava o carrinho com a miudinha por todo aquele areal, que nunca mais acaba (no mínimo, devem caber todas as praias da costa naquele areal imenso).

Apesar de ter sido apenas uma semana, parece que a coisa se estendeu por um mês! Ao contrário do que acontece todos os anos, não nos custou nada vir embora, não estendíamos a estadia por mais tempo! Foi ótimo ir, mas também soube muito bem chegar a casa!

 

 

Se fosse a tua fada madrinha e te pudesse conceder muitos desejos

Desejo que sejas uma menina curiosa por tudo o que te rodeia, que queiras aprender sempre mais, que não voltes as costas aos desafios apenas porque exigem esforço.
Que acredites em ti e nas tuas capacidades. Que sejas uma apaixonada pela vida, pelas pessoas, por aquilo que acreditas! 
 

Que sorrias sempre! Que saibas encontrar um lado positivo até nas coisas menos boas. Que aprendas com os erros e principalmente que os reconheças. Na altura custa, mas depois vais perceber que é uma ótima oportunidade para crescer!
 

Que vivas sempre rodeada de muito amor. Que tenhas sempre um abraço apertado à tua espera nos dias bons e principalmente nos menos bons!
 

Que sejas generosa. Que saibas ganhar e principalmente que saibas perder. Que peças desculpa quando tiveres de pedir, sem medos nem orgulhos tolos!
 

Que sejas verdadeira, que respeites sempre os outros e principalmente a ti mesma!

Que tenhas sempre muita saúde e que continues sempre com esse sorriso doce e genuíno!

E já agora, que gostes de matemática para o teu pai ficar muito feliz! 

 

“Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. (…)” Ricardo Reis 

A primeira noite sem os papás

Na véspera dos 8 meses a Margarida passou a primeira noite fora (fora = casa dos avós)! A primeira noite de liberdade para ela e para nós! :) Os papás foram sair, que também têm direito e a Margarida foi dormir na casa dos avós. Deixámo-la no sábado ao final da tarde muito sorridente, e fomos buscá-la no dia seguinte. E lá estava ela com aquele sorrisinho doce, de quem ainda não percebe a ausência nem sabe o que é ter saudade! Correu tudo muito bem (para nós e para ela)! Os avós adoraram, e ela também. Muitos mimos, muita brincadeira e passeio! Nós também nos conseguimos abstrair, não abusamos nos telefonemas e divertimo-nos. 
Mas foi estranho estar em casa sem ela... que silêncio!  Soube muito bem dormir sem preocupações. E soube melhor ainda, enche-la de abraços e beijinhos quando a fomos buscar e a encontramos com a boa disposição habitual! No final, a experiência teve direito a um pequeno relatório que a avó preparou, como recordação da primeira noite da Margarida sem os papás.

Come a sopa, Margarida come a sopa - parte II

A boa notícia é que a Margarida já come bem a sopa, tanto a de peixe como a de carne. Ao seu ritmo (lento), mas come. E agora é uma animação, de contrariada passou a um entusiasmo no mínimo parvo! Abana a cabeça como se estivesse a ouvir rock n’ roll, como se a testar as aptidões de equilíbrio e concentração da mamã que se esforça para acertar com a colher (mas nem sempre sou bem sucedida). Para o desafio ser ainda mais complicado, a Margarida quer segurar na colher e já agora no prato também. Depois é um verdadeiro duelo mamã/bebé. De um lado, eu a tentar concentrar-me para acertar com a colher, e do outro lado, a rebentinha com ótimos reflexos e uma rapidez incrível a agarrar na colher com tanta força que é ver a sopa a saltar para todos os lados: é sopa na testa da miudinha, no nariz, no tabuleiro, na minha roupa, na parede, no chão da cozinha…. Enfim a cozinha toda prova a sopinha da Margarida! E ela divertidíssima, sempre com um sorriso largo, a agarrar a colher. Quando não consegue levar em frente os seus intentos, desvia a atenção para outra das suas atividades preferidas enquanto come: esfregar as mãos nas gotinhas de sopa que vão caindo da colher, e que entretanto já estão espalhados por todo o tabuleiro. Não satisfeita, e se me atraso muito na limpadela, depois de perder uns segundos a olhar atentamente para as mãos cheias de sopa, aproveita para esfregar olhos e cabelos com as suas mãozinhas limpinhas, limpinhas…

Agora sim, posso dizer que começou a guerra da sopa!

 

5000 visualizações

5000 visualizações em 4 meses de existência!!

Muito Obrigada!!!! :)

A loucura das fotos!

Nunca fui uma apaixonada por fotografia, gosto de tirar em algumas ocasiões, viagens, e épocas festivas e fico por aí. A partir do momento em que fui mãe, ando sempre com a máquina preparada. O primeiro mês foi a loucura, tirava milhentas fotos por dia, cada bocejo dela lá estava eu. Ainda para mais coincidiu com o Natal, foram fotos na árvore de natal, ao lado do pai natal, no Presépio, no meio dos presentes, ao colo da família (Margaridinha, desculpa a mãe pela seca da objetiva!). Claro está, as prendinhas foram fotos da rebentinha para a família toda. Fiz também uma sessão fotográfica newborn e mais tarde, aproveitei a sessão gratuita do centro onde fiz o cursinho pré-parto, e lá fui eu, no dia dos namorados fazer a sessão com o amor da minha vida! E claro está, das quase 40 fotos tiradas, fiquei com 32!

Também já me aventurei e criei eu, um álbum digital. Aqueles álbuns que fazemos em casa, on line e depois entregam-nos tudo impresso, como fosse trabalho de fotógrafo. Dá algum trabalho, mas o resultado compensa, fica totalmente personalizado!

Para além disso, cada mês seleciono as melhores fotos (tarefa difícil, gosto sempre de todas até hesito nas que estão tremidas. Na hora da seleção sai-me sempre um suspiro, seguido de qualquer coisa do género “mas está tão fofinha aqui também”), mando imprimir e estou a pôr num álbum onde ponho datas e escrevo alguns comentários, a minha ideia é fazer isto pelo menos até aos 12meses! Claro que essa é a minha ideia….

Tenho uma colega, que me diz que ao segundo filho isso (entre outras coisas) passa! E chega-se ao cúmulo, de ter de andar a tirar as fotos do primeiro rebento espalhadas pela casa, porque não temos nenhuma foto impressa do segundo!

Uma semana de férias com o papá

A Margarida passou uma semana de férias com o papá… e correu tudo bem! Não é que duvidasse mas… é bom saber que correu tudo muito bem! Não ficaram a vegetar em casa (nem podiam, porque os soninhos que a Margarida faz não dá sequer para passar um nível num jogo de computador). Não saltou refeições, mesmo quando saiu levou sempre a lancheira e almoçou em sítios novos! O “kit Margarida” foi sempre, inclusive o chapeuzinho e o protetor solar! Até a tarefa mais difícil para o André, que é vestir a miudinha, ele superou. Nos dias que me esqueci de separar a roupinha dela, ele até os adereços escolheu, com direito a ganchinho na cabelo e sandália a combinar! 

Fartaram-se de passear e tirar fotos, foram à praia, fizeram tours pelos parques infantis do bairro, e também fizeram passeios culturais, conheceu a torre de Belém, foram ao parque das nações. Até vieram almoçar com a mamã!

Claro que visitaram quase diariamente os avós que os acompanharam na maioria dos passeios, mas mesmo assim: DESAFIO SUPERADO! A Margarida adorou e quer mais!

A Margarida já come peixinho

A Margarida já tem um menu mais diversificado. Ao almoço continua a sopa com carne e ao jantar introduzimos o peixe.

A minha rebentinha, já sabe qual o sabor de uma bela pescadinha! E não deve saber a nada, porque não sentiu diferença nenhuma na mudança da carne para o peixe. Come exatamente da mesma forma: contrariada, e com o mesmo semblante: conformado! Sim, de há uns tempos para cá, começou a comer melhor a sopa não o faz de forma entusiasmada mas lá vai abrindo a boca, principalmente as primeiras colheres! Depois de muita insistência, acho que percebeu que goste ou não, vai ter de comer sopa ao almoço e ao jantar. Como não pode usar o truque de adormecer em todas as refeições, acho que se conformou um bocadinho e, ficou mais flexível no que à sopa diz respeito!

Na ponta da colher continua a vir a fruta docinha da época, introduzimos o pêssego, e agora o amor mais recente, a papaia! Para a distrair contamos com a ajuda das músicas improvisadas do papá e das canções da galinha pintadinha! Ela adora, fica hipnotizada a olhar para o vídeo e vai abrindo a boca ao compasso das músicas. Mesmo quando o manjar é a bela da sopinha com pescada cozida!

8 meses: a Margarida está uma crescida!

Foi o ovinho que encolheu, ou és tu que estás enorme!?

É impressionante como cresceste nestes últimos 8 meses! E é tão bom assistir a isso todos os dias!

 

A Margarida já dorme no quarto dela!

A uma semana dos 8 meses, a Margarida passou para o quarto dela. O berço já começava a ficar pequeno e o sono da Margarida mais tranquilo e prolongado. Condições reunidas para a princesa da casa, passar para os seus aposentos!

Sexta-feira (caso a coisa corresse muito mal, não irmos com cara de zombies para o trabalho), caminha feita a preceito, câmara ligada e voilá! Deitámos a princesinha já a dormir, portas abertas, visor da camara ao lado da almofada, e lá nos deitámos espreitando a princesinha pelo visor até adormecermos. As duas primeiras noites correram muito bem, a partir daí temos de a ir visitar em média 3 vezes por noite. Ou porque se destapa, ou porque a chucha cai e ela não a encontra, ou simplesmente porque tem saudades, e precisa de nos dar a mão para adormecer outra vez.

Pelo sim, pelo não, ainda não guardámos o berço! :) 

O calor e os bebes

A Margarida nasceu no mês fresquinho de novembro. Estava sempre coberta de mantinhas, sempre com cuidados redobrados na muda da fralda e durante a banhoca, com medo das diferenças de temperatura.

E de repente, muito de repente conheceu o calor. O calor acima dos 30 e muitos graus! Não teve uma primavera para se ir habituando, do que é isto de andar com a perninha ao leu. Passou das mangas compridas à fraldinha no pelo! Efeitos: a menina que já não comia grande coisa, agora perdeu ainda mais o apetite, faz intervalos maiores nas refeições, transpira por todos os poros, parece que tem gel no cabelo de tão molhadito que fica, faz umas borbulhinhas nas costas, e anda sempre de bochechas rosadinhas! Durante o dia parece que cai no caldeirão do sono, anda mole que nem uma açorda.

Para melhorar a coisa, visto-lhe o mínimo de roupinha possível, muita água para hidratar e banhoca fresquinha sempre que possível!
 

O primeiro evento social

Em 7 meses e duas semaninhas de existência já foste a dois casamentos. O primeiro não sei se viste grande coisa, já que ainda estavas na barriga da mãe. Na altura já em estado avançado de gravidez, com 32 semaninhas de gestação.

Se no primeiro, a preocupação da mãe era encontrar um vestido que lhe servisse, segundo o teu pai (espirituoso como sempre), no limite um cortinado serviria com certeza!

Agora as preocupações eram outras, para além da escolha da(s) tua(s) fatiota(s) (tendo em conta a capacidade que tens para te sujar, uma certamente que não vai ser suficiente), de preferência a fazer “pandan” com a mamã e, fresquinha o suficiente para não destilares com o calor.

A grande preocupação era como ias aguentar um dia inteiro de festa, tentando não alterar muito a tua rotina de comida, sesta e brincadeira.

E não é que correu muito bem! Estiveste sempre muito bem disposta, conseguiste dormir mesmo com a música do baile em força. Comeste bem, andaste de colo em colo a distribuir sorrisos, dançaste o chico fininho ao colo da mãe. E até soltaste um balãozinho no corte do bolo. No outro dia, dormirmos os três até às 12:30h.

Venham mais festas!

Os 7 meses da Margarida: gostos e preferências

Já se começa a vislumbrar algumas características. É muito curiosa e sorridente! Olha atentamente para tudo e para todos e assusta-se com facilidade, por vezes apenas com um tom de voz mais forte!

Já tem passatempos preferidos, gostos e preferências. Dá gargalhadas a andar de balouço, fica muito satisfeita dentro de água tanto a da banheira, como a geladinha do mar. Gosta de beijinhos, de muitos beijinhos, da brincadeira do “cu cu, onde está a Margarida?!” da boneca macaquinha, da música do pollito amarillito (a versão portuguesa é para bebezinhos! ;)) E também já tem comida preferida, a maminha foi ultrapassada pela cerelac, iogolinos e pera! Por outro lado, detesta sopa em qualquer modalidade, via colher, via biberon, via chucha. Com legumes mais doces, com carne ou sem carne, insonsa ou com uma pedrinha de sal, fria ou quente, mais grossa ou mais liquida... Enfim, não gosta e como não sabe dizer que não gosta, cerra a boca firmemente, faz bu bu com a boca cheia de sopa, e tenta virar o prato com pontapés subtis, ao mesmo tempo que faz aqueles olhinhos de “não fui eu, não fui eu”!

Também já experiencia momentos de fúria, tédio e alguma frustração!

Detesta as suas orelhinhas, passa grande parte do tempo a tentar arrancá-las. Aborrece-se com alguma facilidade, não gosta de brincar muito tempo com o mesmo boneco e no mesmo sítio. E fica frustrada, quando cai para a frente e/ou para os lados passados 10 segundos de a ter sentado.

Os 7 meses da Margarida: os dias de berraria acalmaram

Margaridinha em modalidade come, dorme e chora parece que já lá vai! Longe vão os tempos em que para ter uns momentos de sossego tinha de a meter no ovinho e ir a correr até ao centro comercial mais próximo, para a menina conseguir cair num soninho profundo e tranquilo. Enquanto eu, em modo zombie (cansada e podre de sono), lá a passeava pelos corredores.

A minha rebentinha está uma crescida, as prioridades dela estão a mudar e até já tem mais objetivos na vida. Além de mamar e dormir, acrescentou o brincar e o interagir com tudo o que a rodeia! Os níveis e frequência do choro reduziram substancialmente, em compensação a intensidade das lágrimas cresceu consideravelmente.

Já se consegue distrair e entreter por muito mais tempo, com ajuda da bonecada mas principalmente com as próprias mãozinhas e pés. Passa imenso tempo a tentar enfiá-los na boca, por vezes pés e mãos tudo ao mesmo tempo. É um exercício de contorcionismo brilhante!

Já se consegue aguentar entretida sem choramingar, por vezes durante todo o jantar dos papás. Também já vai dando alguma atenção à televisão, principalmente ao grande relvado verde que um jogo de futebol oferece, e aos desenhos animados com vozes mais esganiçadas.

A Margarida já dorme a noite inteira!

Seis meses depois a guerreirinha deu tréguas! Parece que finalmente conseguiu criar uma rotina de sono. O horário mágico é da meia-noite às 7h da manhã! Já há cerca de três semanas (mais coisa, menos coisa), que o ritual repete-se: janta por volta das 20:30h e cerca de 15m depois a princesinha desmaia num soninho tranquilo até por volta das 23:30h. Nessa altura, faz uma pequena pausa para a muda da fralda e para o último leitinho do dia. Por vezes, não chega a acordar faz isto tudo de olhos fechados, ainda a dormir. Prova de que as mulheres, desde bem cedinho conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo!

A primeira noite que ela fez direta, foi um marco, primeiro porque acordei com a sensação que efetivamente dormi (coisa que há muitos meses não acontecia) e, depois porque eram 7h da manha e o meu rebentinho que ao longo dos últimos seis meses acordou pontualmente de 3h em 3h para comer, ainda não se tinha manifestado! Resultado, durante 5 longos segundos tive um ataque neurótico de ansiedade, que só passou quando naturalmente percebi que ela estava bem, a respirar e a dormir tranquilamente!

A partir de agora, acho que já começa a estar pronta para uma nova etapa: passá-la para o quartinho dela. A mãezinha dela é que ainda não está! :)

Fomos de mini-férias

Fomos num tudo incluído para a casa dos meus pais na margem sul, com a promessa de muita prainha, ar livre, peixinho na grelha e chinelo no pé.

Apesar da ausência ter sido de apenas 4dias, e da mudança ter sido da nossa casa para a casa dos pais, deu para mais uma vez perceber, a dimensão do problema da logística de sair com um bebé!

Começa tudo em casa ao fazer as malas da criancinha, roupa mais fresca, menos fresca, fraldas, toalhitas, medicamentos, cremes, comida, brinquedos preferidos… . Queremos pôr tudo dentro do saco com medo de faltar alguma coisa. Como se todos os supermercados do mundo, tivessem fechados precisamente naqueles quatro dias! Depois das coisinhas da Margarida estarem todas dentro do saco, itens checados um a um, faltam as nossas. Enfia-se rapidamente roupa, chinelos, toalhas de praia e estamos prontos! No meio disto tudo, deambula o papá pelo corredor a interrogar-se porque estou tão stressada, afinal enquanto eu estive “esbaforida” (palavras suas), a arrumar TUDO, ele que já tem tudo pronto (tudo pronto = carregador do telemóvel guardado), esteve durante todo esse tempo a brincar descontraidamente com a Margarida, e mesmo assim ainda tem um tempinho para me ajudar a lembrar das possíveis faltas “não te esqueças de pôr os meus calções de banho no saco”!... Enfim cada um com as suas árduas tarefas!

No final correu tudo bem, o tempo ajudou e a Margarida adorou!

Fica um cheirinho destes 4dias!

A Margarida foi à praia!

Oito e meia da manhã de mais um sábado fresquinho do mês de maio, começam os preparativos: barrar Margaridinha de creme protetor (a fazer concorrência a qualquer fantasminha de fraldas), vestir uma fatiota mais fresquinha, chapeuzinho, baldinho na mão, não vá a criança ser precoce e lhe apetecer fazer castelinhos na areia! E lá fomos nós, muito entusiasmados para a primeira manhã de praia da Margarida!

Nove e meia da manhã chegámos à praia, maré vazia, pouca gente e aquela aragem matinal bem fresquinha. Para além das gaivotas e dos surfistas, lá encontramos mais pais com criancinhas pequenas igualmente barradas a creme protetor. O sol, esse permanecia tímido!

Depressa pusemos a Margarida na areia e ela nem pestanejou, achou graça e esfregava os pezinhos na areia. Portou-se muito bem, olhou curiosa para todos os lados e deu o uso natural (próprio de quem tem 6meses de idade) ao baldinho (tentar mete-lo na boca). Levamo-la até à primeira pocinha de água e lá lhe enfiamos os pezinhos na água salgada, bem fresquinha por sinal, e mais uma vez não manifestou qualquer desagrado. E continuou entretida com o admirável mundo novo do seu primeiro dia de praia!

As fotos do acontecimento: a princesa com o papá!

Como foi o primeiro dia de praia dos vossos bebés? Gostaram?
 

Ser mulher depois de ser mãe… a gestão do tempo

O velhinho ditado popular “não deixes para amanha o que podes fazer hoje” nunca me fez tanto sentido. Aliás, depois de ser mãe sugeria que alterassem para, não deixes para mais tarde o que podes fazer agora! Ou fazemos quando temos oportunidade, ou a oportunidade pode não aparecer nas 24h seguintes.

Quem manda na nossa agenda, a partir do momento que o teste de gravidez anuncia a boa nova são os petizes, e é em função dos seus horários e dos seus estados de espirito que, gerimos o nosso tempo e a multiplicidade de papéis com que nos desdobramos diariamente. Nós mulheres há muito que deixámos de ser só mães. Somos mães, mulheres, donas de casa, profissionais, amantes, amigas, colegas,… e espera-se sempre que sejamos todas elas a 100% e sempre com um sorriso na cara! Esta exigência criada principalmente por NÓS PRÓPRIAS, obriga-nos a ser super-mulheres todos os dias! Queremos fazer tudo, como se não houvesse amanha! Porque acreditamos que só se for feito da nossa maneira, com o nosso método, a coisa resulta e depois queixamo-nos que estamos cansadas, que somos nós que fazemos tudo! E claro que somos, porque muitas vezes não aceitamos as ajudas e quando aceitamos, reclamamos sempre de alguma coisa!
Temos de aprender a relativizar e principalmente a delegar!
  

A logística de sair de casa com um bebé!

Ir dar uma voltinha com o bebé pelo bairro, ou passar um dia inteiro fora de casa exige a mesma programação! O factor motivação da mãe é que pode mudar ligeiramente, tal a complexidade logística até para ir ao café da frente comprar duas carcaças.

O ritual repete-se em todas as saídas, sejam elas pequenas, médias ou grandes saídas.

Margarida mamou, fraldinha mudada, roupinha vestida, casaquinho enfiado, bebecas no ovinho tudo pronto, upssssss a margarida bolsou, tira do ovinho, põe-se a arrotar mais uma vez não vá bolsar de novo, sai nova roupinha do armário, com sorte não passou à roupa interior, se não é vestir o rebentinho da cabeça aos pés novamente.

E a vontade começa a perder-se…

Depois ou se tem já a malinha pronta com tudo o que é necessário, ou então o tempo que demoramos a arranjar tudo, quando vimos já está novamente na hora do pequeno mamar e nós ainda andamos com o rebento ao colo, porque entretanto deu-lhe uma crise de choro e não há nada que o faça calar, se não o colinho da mãe!

Situação recomposta… tudo prontinho novamente para a segunda tentativa para sair de casa! Oh bolas, esqueci-me de ver como está o tempo, será que a mantinha é suficiente ou é preciso levar o para-vento para o ovinho, então mas ainda estou de pantufas e agora onde é que eu pus as chaves de casa? (depois da gravidez acho que fiquei em estado amnésico compulsivo, nunca sei onde ponho as coisas…)

Mais meia hora perdida e finalmente consigo sair de casa para comprar pão!

O meu primeiro dia da mãe, como mãe!

Lembro-me da magia deste dia enquanto filha. Lembro-me dos desenhos, da flor apanhada no quintal, do beijinho especial, das prendinhas feitas na escola que nunca chegavam a domingo e do mesmo verso repetido vezes sem conta numa folha de papel: "Com três letrinhas apenas / Se escreve a palavra mãe. / Que é das palavras pequenas, / A maior que o mundo tem”.

Mas principalmente lembro-me do sorriso da minha mãe ao receber as minhas prendinhas!

E eis que chegou o meu primeiro dia da mãe, enquanto mãe! E é tão especial!

É tão especial ser mãe, ser a mãe da Margarida todos os dias, inclusive neste! E não é que o meu rebentinho com uma “pequena” ajuda do papá me preparou esta surpresa:

Que venham mais dias assim!! :)

Come a sopa, Margarida come a sopa!

E começou a aventura das refeições de colher. Preparativos... forrei tudo o que havia para forrar, toalhinha no chão, cadeirinha forrada a lençol Margaridinha com babete triplo, manguinhas arregaçadas, mamã de aventalinho, tudo prontinho para a guerra da sopa! Que ingenuidade... depressa percebi que não há cuidados suficientes que possam impedir a “imundice” que uma criança faz a comer. Nas primeiras vezes toda a Margarida comia sopa, nariz, pescoço, orelhitas e de vez em quando lá acertávamos na boquita. Ao final do dia ainda era capaz de encontrar restos de sopa seca nas orelhas da Margarida. :)

Mas a primeira refeição de colher foi a papa, ela estranhou, mas gostou, não fez cara feia mas não sabia muito bem o que fazer com a papa na boca, depois com a ajuda da chuchinha lá foi percebendo qual era o objectivo e come sem dificuldade. Com a sopa a história foi outra, muitas personagens e musiquetas tem o pai André de inventar para a Margarida ir abrindo a boca. Depois é o malabarismo de intervalar a colher da fruta com a colher da sopa e com muita paciência e noções de limpeza pra trás das costas a coisa dá-se!

Como foi com os vossos bebés, comem bem a sopinha? Deram primeiro a papa ou a sopa, também se sujam muito a comer?

Acabou a licença… o regresso ao trabalho

Parece que foi ontem… parece que foi ontem que estava à tua espera, sonhava com a tua carinha de como iria ser a sensação de te ter nos meus braços, como me iria sentir, como me iria adaptar, será que iria correr bem? Todas estas dúvidas pairavam sobre a minha cabeça durante a gravidez, hoje precisamente um ano depois de saber que estava grávida, aqui estamos nós! Tu já com quatro mezinhos a crescer saudável e feliz, até já começaste a comer sopinha (a custo) e eu na minha segunda semana de trabalho. O trabalho passa a correr com horário reduzido e trabalho acumulado de 4 meses de ausência… mas sabe bem voltar, ocupar a cabeça com outras coisas para além das horas que a Margarida come, se já arrotou, se já fez coco, se está a dormir…. Mas dá umas saudades… e é então que faço uma pausa, telefono a saber dela e delicio-me com as fotos dela espalhadas pela minha secretária!

Mudanças… não levamos os problemas do trabalho para casa, porque sabemos que temos algo bem mais importante à nossa espera e que basta ela sorrir que fica logo tudo bem. O que me chateava antes hoje ganhou uma dimensão bem mais pequenina, porque tenho uma nova prioridade na minha vida, chama-se Margarida e uma nova missão faze-la sorrir sempre! E isso só é possível se estiver em paz e feliz também! “Pais felizes criam crianças felizes!”

À minha Mãe

Nunca fui de muitos afectos, de muitos beijinhos, de expressar facilmente os meus sentimentos prefiro faze-lo em acções do que o exprimir em palavras. Eu sei que te queixas, dizes por vezes que sou fria porque me esqueço do beijinho, do telefonema, porque me esquivo do abraço, ou se calhar porque nunca te disse cara a cara, olhos nos olhos, o quanto te amo, o quanto te admiro, o quanto és importante para mim!

Desculpa pelos conselhos que eu não ouvi, pelas (milhões) de vezes que te chamei chata e que disse (no auge da sabedoria e experiência de vida dos meus 15 anos) que nunca iria ser como tu, mas mais perto dos 30 descobri que somos iguaizinhas na essência!

Depois de ter sido mãe… comecei a admirar-te ainda mais! Percebi que o facto de quereres saber de mim todos os dias (mais de uma vez por dia), é perfeitamente legítimo, que as manifestações constantes de afeto não são exageradas e que a preocupação constante é perfeitamente normal. Admiro-te ainda mais por teres educado uma criança em tempos mais difíceis, por teres lavado vezes sem fim fraldas sujas (há 30anos atras ainda não tinham inventado esta maravilha das fraldas descartáveis).

Como qualquer mãe e filha, tivemos e teremos sempre as nossas discussões mas o que nos une sempre foi mais forte.

Sempre fomos cúmplices, sempre foste a pessoa com quem desabafei sem medos, foste sempre o colo que procurei nos dias menos bons, porque sei que compreendes os meus silêncios. Foste sempre a primeira pessoa a saber o bom e o mau que acontece na minha vida! (lembras-te quando o André me pediu em casamento e te fui acordar aos saltos de madrugada para partilhares comigo a minha alegria?) Sempre foste a minha aliada, a minha advogada de defesa!

Obrigada por estares sempre comigo! Obrigada por me ajudares sempre tanto!

A dois tudo é mais fácil

Nesta fase, toda a ajuda é bem-vinda, apesar de por vezes não pensarmos assim e querermos fazer tudo sozinhas. Mas a ajuda mais importante tem de vir do Pai. Nunca percebi (e agora menos ainda) a ideia de ter um filho para “salvar um casamento”. Se a relação não for suficientemente sólida antes do rebento, depois vai de certeza piorar, independentemente de ter sido um bebe planeado ou não. Um bebé exige tudo de nós, deixamos de ser nós, o casal, para sermos pais a tempo inteiro com todas as coisas boas e menos boas que isso acarreta, as noites mal dormidas, a descarga hormonal das mães que descontam tudo na pessoa que está mais próxima que é adivinhem… o marido... E claro que o romance vem no fim de uma lista interminável de prioridades com o bebé. As nossas prioridades e objetivos diários mudam radicalmente passam a ser o arroto depois das mamadas, se mamou bem, se fez cocó, são estes os novos desafios que preenchem os dias dos recém-papas!

Ao pai André

Eu só tenho de elogiar o meu maridinho que é um ótimo pai. Faz exatamente o mesmo que eu, e muitas vezes faz melhor, com todo o amor e dedicação à nossa Margarida. Muda a fralda, dá o biberon, adormece-a, veste-a mesmo sendo a parte que gosta menos (eu percebo vestidinhos cor-de-rosa e collants não são o seu forte) mas mesmo assim faz com toda a dedicação e carinho. Mesmo quando regressou ao trabalho nunca negou ajuda, sempre me tentou animar quando estava mais em baixo, fizemos turnos sempre que foi possível, estendeu e apanhou roupa, aguentou muitos “ais” quando ele também estava cansado e igualmente com noites mal dormidas, e mais importante de tudo sempre com o sentido de humor que o caracteriza e pelo qual me apaixonei já lá vão 8 anos!

Obrigada por partilhares a tua vida comigo e acima de tudo por seres o pai que és para a nossa Margarida!