Mini-férias da Páscoa

Fizemos malas e fomos com a miudinha de fim-de-semana prolongado até Tavira! Desta vez fomos com os avós, por isso foi tudo mais tranquilo! Éramos mais para tomar conta da miudinha e os papás puderam relaxar um bocadinho mais! Não foi uma viagem muito planeada, primeiro porque foram só três dias e depois porque quisemos mesmo descomplicar! Ela a completar 17meses e a comer o mesmo que nós, experimentou a gastronomia Algarvia! Claro que nem sempre correu bem, mas em geral e com muita paciência e distração à mistura, pelo menos a sopa foi comendo!

Em termos de bagagem, Margaridinha continua a ter a maior taxa de ocupação, afinal descomplicámos mas Q.B. claro! A banheirinha, chaleira elétrica, termo, termómetro, fraldas, medicamentos, brinquedos, roupa mais quente e menos quente, leite, bolachinhas preferidas e cerelac foram! Optámos por não levar carrinho, levámos antes o triciclo, mas em algumas situações nomeadamente quando ficava com sono, sentimos falta!

Falando do passeio propriamente dito, a Margarida teve sempre bem-disposta, o tempo ajudou e passeámos muito. Havia muita criançada da idade dela e até fez amiguinhas com quem dançou e brincou! Distribuiu sempre muitos sorrisos, foi à praia e tomou a sua primeira banhoca do ano!

Em relação á praia, quando a pusemos na areia, ao contrário do ano anterior chorou desalmadamente e encolhia os pés, pensámos que a coisa ia correr mal, mas insistimos sentámo-la na areia e ela começou a achar piada às brincadeiras, demorou a levantar-se mas aos poucos lá foi molhar os pezitos e no final já não queria sair da água e nem se lembrava da areia!

Para Lisboa trouxemos mais um passageiro, ou melhor uma passageira uma mini em forma de balão, que a Margarida não quis deixar no Algarve! :)

A Páscoa!

Ainda não foi este ano que a Margarida soube ao que sabe um ovinho de chocolate. Mas fica prometido que para o ano, inaugura-se lá por casa a modalidade caça ao ovo!

O dia foi em família, e foi mais uma oportunidade para mostrar os seus dotes de artista do desenho. Muito risquinho colorido gosta ela de fazer! E como os verdadeiros artistas gostam de alargar a sua arte, uma folha de papel por vezes não é suficiente. No dia de páscoa decidiu mesmo expandir a tela para o móvel branquinho da sala, para as suas collants e para o seu vestidinho novo! Outra das novidades da Margarida é a sua paixão recente por bonecos, leva-os ao colo para todo o lado. Só tem uma condição para gostar deles, têm de ser mudinhos! Sim, se chorarem ou fizerem qualquer barulho que seja, ela chora até os levarmos para longe, deve ser para não ter que os “ouvir” quando são literalmente, arrastados ou enviados de cabeça para o meio do chão!

O ano passado, a Páscoa marcava o meu último dia de licença de maternidade e os 4meses da Margarida! Esta data, marcou também a passagem para o leite artificial que custou a aceitar, o início das refeições de colher, que exigia de cada refeição uma preparação meticulosa e abria as hostes para o início de um verdadeiro campo de batalha! Coisa que não mudou muito entretanto, apenas já estamos mais experientes, já sabemos qual o ritmo dela, o que a mantém mais ou menos entretida, que se comer pior agora, logo comerá melhor a seguir, que a refeição tanto pode demorar 10m, como 60m. Só de uma coisa temos a certeza, Margaridinha e todo o raio á volta, cadeira, roupa, chão e nos piores dias roupa da mãe e paredes da cozinha vão precisar de uma lavagem intensiva a seguir!

A Margarida foi à quinta!

Levámos a Margarida a uma quinta pedagógica! Que é como quem diz, levámo-la a conhecer de perto alguns animais do campo! Ela já identifica muito bem o cão, o gato, o sapo, o pato, os passarinhos, mas alguns destes exemplares conhece-os melhor nas modalidades brinquedos de borracha ou imagens nos livros ou na televisão. Já também há algum tempo que imita (quando lhe apetece) cães e gatos, e na última semana saiu-se com uns animados e insistentes “có có ró có có có ró có có ró có có”, o mote que faltava para nos apressarmos a apresentar-lhe ao vivo e a cores galos e galinhas e o resto dos animais da quinta!

Resultado, olhou para tudo com muita curiosidade, correu atrás das galinhas que andavam á solta, achou piada às vaquinhas, às ovelhas e às cabrinhas bebés. Ao burro e á porca gigante numa pocilga a sério, não achou grande graça. O cavalinho foi muito simpático para a Margarida, apesar de não termos levado cenouras, o bicho mostrava copiosamente todos os dentes que tinha na boca ao mesmo tempo que lhe deitava a língua de fora. Como resposta, Margaridinha mostrava-lhe um semblante sério, mas curioso. Mas o que ela gostou mesmo foi das ovelhas e das cabrinhas bebés, que se aproximavam de nós na esperança de lancharem mais cedo, coisa para a qual a Margarida quase contribuía, pondo insistentemente os dedos perto da boca dos bichinhos.

Saiu de lá muito contentinha, a esquecer o “có có ró có có”, mas a repetir uns “mé mé més” muito direitinhos!

O primeiro contacto da Margarida com a creche

Foi num final de tarde solarengo que apresentei pessoalmente a creche à Margarida! Inicialmente temi pelo pior, não ligou a ninguém, não aceitou comida, virou as costas às miudinhas que vieram ter com ela, só queria o meu colo e apontava insistentemente para a porta da rua! Mas a educadora deu-lhe a volta, levou-a a conhecer o espaço e cusquinha como ela é, lá foi, mas sempre comigo atrás a servir de atrelado. Nunca mostrou muito entusiasmo nem deu muitas confianças, nada de sorrisos, nem gracinhas, nem palminhas, nada! Lá apontava para alguma coisa, nomeadamente para o escorrega e para alguns brinquedos que lhe eram familiares de resto nada, nenhum sinal de grande/pequena satisfação. Finda a visita, enquanto preenchia a papelada com a Margarida atrelada às minhas pernas, quase sem dar por isso, dei por ela já a explorar sozinha o espaço, estava entretidíssima a esvaziar e a espalhar um cesto de livrinhos pelo chão. Acabámos a visita com direito a passeio no parque, muito escorrega e baloiço para compensar esta primeira hora (duríssima) de colégio!

 

A primeira ida ao cabeleireiro

A Margarida e a sua “jubinha” encaracolada já a andava a incomodar há algum tempo. Muitos nozinhos nas pontas e franjinha nos olhos, já andavam a pedir uma tesourada! Já tinha combinado com a cabeleireira que ia lá, expliquei-lhe que aquele pequeno ser podia fazer birra, podia simplesmente não estar para ali virada e querer rapidamente ir embora, ou seja pintei-lhe o pior cenário para ela estar preparada. E pronto, não foi assim tao mau, pelo menos choros não houve! Claro que não se quis sentar, nem vestir a batinha, nem tão pouco lavar o cabelo. Mas quando a cabeleireira lhe deu uma amostra de unhas coloridas para brincar, lá ficou entretida por uns bons 10 minutinhos e lá a coitada da moça de cocaras lhe conseguiu cortar o cabelo. De vez em quando lembrava-se e lá ia ela passear, levando atras dela a cabeleireira que lhe ia cortando as pontas ao sabor das vontades de sua Majestadezinha! Como testemunho trouxe um pequeno caracol, para a caixinha de recordações da Margaridinha!

A difícil escolha da creche

Depois de muito estudo de mercado, recolha de contactos, informações, opiniões, comparações, mails e da visita presencial decidimo-nos! Inscrevemos a Margarida no colégio. A aventura começa em Setembro, data em que a rebentinha completa 22 meses!

Daqueles que selecionámos para visitar, foi aquele que sentimos mais empatia. Acho que a palavra é mesmo essa, empatia! Sem referências concretas, e todos com atividades, rotinas, espaços e preços, muito semelhantes, este destacou-se porque senti mais confiança, achei os miúdos mais alegres, talvez porque fosse hora do lanche e estavam todos contentinhos a roer maças. Gostei do facto de podermos entrar, entrar mesmo (contrário de ficar na receção à espera que os chamem) para os namorar um pouquinho de longe e ver os nossos pequenos seres a interagirem com o mundo, fora da nossa asa! Gostei do espaço em geral, das salas, com janelas grandes, com muita luz, um espaço exterior comprido para os miúdos correrem. Um ginásio para darem cambalhotas, ou melhor, na idade da Margarida para desenvolverem a motricidade e postura, basicamente devem andar a apanhar bolinhas! Foi pura coincidência, mas quem nos apresentou a creche, irá ser a educadora da Margarida e gostámos dela!

Claro que não vai ter lá os papás, nem os avos, para lhe dar toda a atenção e mimos do mundo, mas essa também não é a intenção se não, continuaria em casa. Também não é um espaço verde com um terreno gigante à volta, com muitos animais, árvores, hortas e flores, onde ela pudesse correr á vontade, brincar e aprender ao mesmo tempo que usufruía do contacto com a natureza e com todos os animaizinhos do campo. Claro que ainda é cedo para saber se foi a escolha certa. Mas no momento temos consciência que fizemos todo o trabalho de casa e de todas elas, esta pareceu-nos a escolha certa! Vamos ver se a Margarida também acha!