A boa notícia é que a Margarida já come bem a sopa, tanto a de peixe como a de carne. Ao seu ritmo (lento), mas come. E agora é uma animação, de contrariada passou a um entusiasmo no mínimo parvo! Abana a cabeça como se estivesse a ouvir rock n’ roll, como se a testar as aptidões de equilíbrio e concentração da mamã que se esforça para acertar com a colher (mas nem sempre sou bem sucedida). Para o desafio ser ainda mais complicado, a Margarida quer segurar na colher e já agora no prato também. Depois é um verdadeiro duelo mamã/bebé. De um lado, eu a tentar concentrar-me para acertar com a colher, e do outro lado, a rebentinha com ótimos reflexos e uma rapidez incrível a agarrar na colher com tanta força que é ver a sopa a saltar para todos os lados: é sopa na testa da miudinha, no nariz, no tabuleiro, na minha roupa, na parede, no chão da cozinha…. Enfim a cozinha toda prova a sopinha da Margarida! E ela divertidíssima, sempre com um sorriso largo, a agarrar a colher. Quando não consegue levar em frente os seus intentos, desvia a atenção para outra das suas atividades preferidas enquanto come: esfregar as mãos nas gotinhas de sopa que vão caindo da colher, e que entretanto já estão espalhados por todo o tabuleiro. Não satisfeita, e se me atraso muito na limpadela, depois de perder uns segundos a olhar atentamente para as mãos cheias de sopa, aproveita para esfregar olhos e cabelos com as suas mãozinhas limpinhas, limpinhas…
Agora sim, posso dizer que começou a guerra da sopa!
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