O Natal!

Eu adoro o Natal e tudo o que envolve: para mim esta época festiva é sinónimo de família reunida, muito verde e vermelho, pai natal, presépio (o cristão e pagão convivem felizes em minha casa!), bacalhau e bolo-rei! Mas principalmente é sinónimo de boas recordações! Lembro-me da minha infância, do pinheiro que ia apanhar com o meu e pai e com o meu avô, lembro-me da construção do presépio com musgo verdadeiro, dezenas de figurinhas e um lago que o meu pai construiu com um espelho velho e a vela do meu primeiro aniversário. A vela

era um patinho e através de uma engenhoca que ele inventou, girava em cima do “lago”. O que eu me divertia, ao ver o patinho a “nadar” sozinho em cima do espelho velho! O presépio e a árvore eram montados em cima de uma mala enorme, onde a minha mãe guardava a roupa da estação anterior, e ficava no meu quarto encostada à parede. Lembro-me dos chocolates na árvore de Natal que graças a mim e ao meu avô (meu cúmplice, sempre!), só os papéis (muito bem moldados para ninguém desconfiar) chegavam ao Natal. Lembro-me do calendário de chocolate, e da batota de comer mais do que um por dia, com a desculpa que queria que o dia 24 chegasse mais rápido! Lembro-me da minha avó a amassar as filhoses na cozinha, e eu a pedir-lhe “faz parecidos com patinhos avó”! Lembro-me da luta que era para me manter acordada até á meia-noite, e da energia com que me levantava na manha de natal, para poder brincar com todos os brinquedos, que o pai natal me tinha deixado.

Já mais tarde, lembro-me da azáfama que era a véspera de natal, dia de anos do meu pai, e durante muitos e muitos natais dia destinado para compras! O lado positivo é que na hora de escolher os presentes, não havia espaço para indecisões!

E são estes os presentes de Natal que quero deixar à Margarida, para além dos muitos brinquedos que inevitavelmente vai ter, quero que esta quadra lhe traga sempre recordações felizes, daquelas que duram para o resto da vida!