sexta-feira, 22 de março de 2013

A amamentação

O que me custou mais foi sem dúvida a amamentação, tinha dores, mal me conseguia levantar sozinha e os mamilos estavam desfeitos de tanta insistência e das naturais “más pegas” da Margarida na maternidade. No início, não tinha quase colostro, a Margarida tinha fome e a minha única preocupação era pô-la à mama independentemente de estar na posição certa, claro que a equipa de neonatologia não se poupou a esforços para a pôr na posição correta mas convenhamos, acabada de sair de uma cesariana ainda com dores, sem posição e com um recém-nascido a chorar esgalmado de fome, a minha única preocupação era pô-la à mama.
Só percebemos que estamos a fazer mal quando chegamos a casa e não temos o bem dito botãozinho para nos socorrerem, os mamilos estão feridos, a bebe chora, a casa está cheia de gente e só nos apetece fugir e chorar.
Outro problema da amamentação é que TODA a gente já passou por isso, TODA a gente sabe, TODA a gente dá palpites principalmente quem NUNCA amamentou, TODA a gente quer assistir, TODA a gente comenta e dá sugestões!
É porque tens o peito pequeno, é porque a criancinha não está no sítio correto, há afinal o problema é o teu mamilo que é demasiado pequeno… Facilmente se esquecem que por detrás da mãe, está uma mulher que foi mãe há pouco tempo, que está nervosa, insegura, cheia de dores e que a única coisa que quer é que o seu bebé coma bem, de preferência em paz e sossego!
Contudo decidi insistir na amamentação, queria que o meu bebé bebesse leitinho materno até onde fosse possível, por isso enquanto o peito não apresentasse melhoras decidi tirar o leite através da bomba e dar-lhe no biberon. E assim foi o meu dia-a-dia até ir à pediatra, tirar o leitinho, dar o leite à Margarida, pô-la a arrotar, tentar adormece-la e adivinhem tirar leite novamente.
Depois de muita insistência familiar decidi experimentar pôr a Margarida de novo à mama e eis que instantaneamente ela pegou corretamente e partir daí foi maminha em exclusivo até aos 4meses.

Sem comentários:

Enviar um comentário